quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Impérios e imperialismos

A sociedade humana vive atualmente e desde muito tempo em organizações de poder chamadas de Estados Nacionais, com a organização do poder em leis, governantes e seus funcionários, polícias e exércitos para manter ordem social interna e conter inimigos externos (de outras nações). No entanto existem notícias vindas do passado remoto de impérios, ou seja, de governos de uma nação sobre outras nações. Existem referências de vários impérios da antiguidade oriental, desde chineses, a vários povos da Mesopotâmia (babilônios, sumérios e assírios), mas, sem dúvida o primeiro império digno desse nome, para nós, ocidentais - que serviu de modelo para muitos dos seus sucessores - de duração breve no seu tempo, mas de permanente importância pela sua idéia, foi o que Alexandre, o Grande, criou depois da unificação da Grécia por seu pai, subjugando a Ásia e unindo-a com a Grécia num reino que, praticamente, incluía todo o mundo habitado conhecido e acessível na época.

Ainda na Antiguidade, mas sucedendo e “copiando” o grande Alexandre, o imperialismo romano firmou-se quando derrotou os seus grandes competidores, os cartagineses, no Mediterrâneo ocidental. Dominou da Bretanha ao Egito, da Mesopotâmia à Península Ibérica e baseou-se em idéias de domínio e também de civilização dos homens.

Depois do fim do governo da Roma Ocidental em 476 e o sucessivo declínio da influência da cultura de Roma, o império, como força unificadora, não mais se concretizou. As nações surgidas das cinzas do império romano na Europa e na Ásia, sobre a base da civilização cristã ou islâmica, seguiram seus próprios imperialismos. o imperialismo tornou-se, então, uma força para dividir e explorar economicamente os povos do mundo.

Os fatores que contribuíram para o fim do império romano foram: sua divisão em duas metades, ocidental e oriental; a luta, dentro do império ocidental, entre o imperador e o papa; o surgimento do Islam, que pretendeu um domínio universal semelhante ao do cristianismo; e as aspirações nacionais dos povos que viviam dentro do império Romano que desafiaram a supremacia do império e exigiram a sua independência tanto das autoridades seculares (a do governo) como das autoridades espirituais do império.

No entanto, nos dias de hoje parece ser uma idéia fácil e óbvia a de que os EUA na contemporaneidade têm semelhanças com Roma na Antigüidade. Como exemplo lembremos da capa de uma grande revista de circulação nacional (Revista Veja, edição 1781 de 11 de dezembro de 2002) que, para noticiar o encontro do presidente brasileiro com o presidente norte-americano, colocou em sua capa a manchete: “Lula vai a César”, e apresentou uma fotomontagem na qual o presidente dos EUA aparece trajado como um imperador romano. Outro exemplo é o filme “As Invasões Bárbaras”, continuação de “O declínio do Império Americano”. O filme canadense, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2003, trata, entre outros temas, do papel da imigração latina e asiática para as áreas centrais do sistema econômico mundial, e faz uma analogia com as invasões bárbaras que acabaram levando o Império Romano ao colapso.
(fonte: http://outsidercaos.blogspot.com/2009/06/lxvii-o-imperio-romano-da-antiguidade-e.html acesso em 23 de setembro de 2009)

Veja a capa da revista:














Ambos os impérios de épocas tão diferentes tem algumas semelhanças e como não poderia deixar de ser, muito mais diferenças.

Entre os aspectos semelhantes podemos destacar o uso do poderio militar, as Legiões Romanas e a US Army. A subjugação de povos diferentes a uma cultura aparentemente mais sofisticada. O inglês e o latim.

Mas há uma diferença fundamental, os romanos transformavam os nativos que submetiam em cidadãos (talvez para melhor explorá-los) mas os norte-americanos especializam-se em excluir ainda mais os submetidos aos seu domínio (talvez, ai também para melhor explorá-los).

Bem, acho que por enquanto, basta.

Um comentário:

  1. Achei bem interessante este novo conteúdo que diferencia o 'imperialismo e império'!!! A ideia de que Alexandre Magno foi o criador de ambas designações é tão verídica e nem tinha passado pela minha cabeça!!! Achei engraçado também a capa da revista! "Lula vai a César", ou seja, 'Lula se tornou um governante'!!! Muito obrigado por essas informações!!!

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